Frente debate importância da família

A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Delegado Danilo Bahiense (PL), debateu nesta quarta-feira (11) a importância da família na formação e na proteção dos menores de idade.

Estiveram presentes autoridades, como a promotora de Justiça Valéria Barros de Moraes, da área da Infância e da Juventude, doutora Valéria Barros de Moraes, e representantes de organizações religiosas, como Maria Emília Ceruth, da Federação Espírita do Estado do Espírito Santo.

Bahiense, que por mais de 30 anos atuou como delegado da Polícia Civil capixaba, apontou o prejuízo da desestruturação dos núcleos familiares. “Isso influencia na mortalidade de nossas crianças e adolescentes. No ano passado, foram 101 assassinatos de menores de idade. Isso dá uma média de um crime a cada três dias, o que é lamentável”, definiu o deputado, que é também é presidente da Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente e de Política Sobre Drogas da Assembleia Legislativa.

A promotora de Justiça Valéria Barros de Moraes pontuou que a violência sexual é um crime de proximidade, que, infelizmente, acontece em núcleos familiares das vítimas. “Com relação à violência, de 85% a 90% dos casos de abusos acontecem por pessoas conhecidas das crianças e dos adolescentes”, exemplificou.

Para a promotora, é necessário que os órgãos públicos estejam preparados para amparar as crianças e os adolescentes não só no momento em que houver agressão, mas durante todo o processo de crescimento e de desenvolvimento pessoal e psicológico.

Supervisor da Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente e de Política Sobre Drogas, o delegado André Cunha resumiu o cenário em que se encontram os adolescentes vulneráveis de estrutura familiar e do Estado. “Os adolescentes, mais vulneráveis, só passam a ter acesso à rede de cuidados quando são apreendidos. Só passam a ter atenção efetiva quando o caos se estabeleceu”, esclareceu.

Bahiense finalizou a reunião com o exemplo de que a família é uma instituição divina e que instituições que trabalham pelo bem da sociedade necessitam de receber suas emendas, independentemente do viés partidário do parlamentar. “Acham que quem perde é o deputado, mas não é. É o povo”, concluiu.